Garantia foi deixada pelo autarca reguense José Manuel Gonçalves durante a visita da Secretária de estado do Turismo, Rita Marques, ao espaço encerrado desde 2010, um investimento que rondará os 1,5 milhões de euros.
Localizado nas margens do Rio Douro, o Complexo Termal das Caldas do Moledo foi inaugurado em 1895. Encerrado em definitivo em 2010 foi sempre objetivo do município de Peso da Régua reativar aquele que é o único espaço do género na região duriense, capacitando assim o território de uma valência capaz de atrair ainda mais turismo.
“Vamos dotar não só a Régua mas todo o território Douro de mais uma valência turística. São as únicas termas da nossa região e nós queremos ter essa marca cá. Este trabalho conjunto com a entidade de turismo, que será sempre a nossa parceira, irá dar-nos a projeção necessária para tornar este projeto num sucesso”, afirmou José Manuel Gonçalves, autarca de Peso da Régua.
O edil afirmou ainda que o acordo entre as partes envolvidas foi conseguido após um longo trabalho, contudo, José Manuel Gonçalves afirma-se um otimista que prefere não olhar para o passado concentrando-se agora na persecução deste projeto.
“Este era um processo complexo que demorou muitos anos. Neste momento estamos num ponto de equilíbrio entre as partes que quiseram entrar neste processo e estou convencido que é um ponto sem retorno.
Vamos fazendo as manutenções mínimas neste espaço como pode ser observado por quem vem passear neste parque mas não vale a pena continuarmos a olhar para o passado, queremos é olhar para futuro até porque sou um otimista por natureza e a minha ambição é que este processo chegue a bom porto e que este seja um equipamento que, mais do que da Régua, seja do território do Douro”.
Para o presidente da Turismo do Porto e Norte (TPN), Luís Pedro Martins, este é um projeto “muito importante até porque é atravessado por três vias de acesso: fluvial, rodoviária e ferroviária”.
De acordo com o responsável pela entidade de turismo regional, este era um projeto há muito ambicionado mas que obrigou a um longo tempo de negociações entre as diferentes partes envolvidas.
“Desde o início do mandato que dissemos que era nosso objetivo devolver todo este património à comunidade e a todos que podem dele usufruir. Foi necessário deslindar alguns nós mas com o acordo que foi estabelecido com a autarquia de Peso da Régua, e com o apoio da secretaria de estado, penso que estamos agora a entrar numa nova fase e a conseguir uma oportunidade para requalificar todo este espaço”.
Rita Marques, Secretária de Estado do Turismo, assumiu também a complexidade do projeto reconhecendo a importância do mesmo para a região.
“Em boa verdade eu já conhecia este projeto, aliás, todos nós já o conhecíamos há muito tempo mas foi bom testemunhar ao vivo e a cores que há muito para fazer. Levo aqui um trabalho de casa que se impõe.
Temos vindo a trabalhar com a autarquia e o TPN mas não é uma solução fácil, imediata. Há vários agentes, vários interlocutores, é uma situação complexa que se vem arrastando ao longo dos anos, ainda assim não faltarão vontades para resolver o assunto. Não há retoma económica no nosso país sem o setor do turismo, é impossível que assim seja”.
O concelho de Mesão Frio é um dos titulares do complexo, contudo, o município liderado por Alberto Pereira decidiu ficar de fora do consórcio agora criado entre o município reguense, o TPN e a secretaria de estado para a requalificação das termas.
“O que quisemos fazer foi chamar os dois municípios envolvidos neste espaço, Peso da Régua e Mesão Frio, afirmando mesmo que não teríamos nenhuma conversa sem os dois sentados à mesma mesa. Mesão Frio optou por não ficar neste consórcio ao contrário de Peso da Régua e nós avançamos com quem pretendeu ficar.
Obviamente que vamos continuar a trabalhar com o município de Mesão Frio até porque há licenciamentos a fazer e uma parte deste espaço pertence ao concelho de Mesão Frio. Há uma decisão de não querer participar neste processo mas em boa verdade Mesão Frio também será beneficiado com este projeto tal como Peso da Régua, Lamego ou mesmo Amarante”.
O investimento nesta 1ª fase será de 1,5 M€, com financiamento de cerca de 50% mas com expectativa que essa comparticipação possa aumentar. O projeto foi submetido no âmbito do PROVERE com reforço das verbas que estavam destinadas ao município de Peso da Régua.
Veja todas as imagens desta visita em: https://bit.ly/36SA0R5