Matriculas na UTAD decorrem em ambiente de calma

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Conhecidas as colocações de alunos no ensino superior, que este ano leva à UTAD um número recorde de alunos na primeira fase, é chegada a hora do primeiro contacto com a academia onde irão passar os próximos anos de vida estudantil. O processo de matrículas este ano sofreu alterações drásticas devido à pandemia Covid-19.

Habitualmente o edifício da Biblioteca Central é a Meca para os novos alunos, seria ali que fariam a matrícula no curso onde entraram. Contudo, este ano a Covid-19 provocou alterações profundas na sociedade e a necessidade de evitar ajuntamentos levou a academia transmontana a adotar um novo sistema distribuindo o processo pelas diferentes escolas do campus o que tem reduzido drasticamente os tempos de espera e aumentado a sensação de segurança para todos os envolvidos.

José Pinheiro, presidente da Associação Académica da UTAD (AAUTAD), em declarações ao VivaDouro fala de um processo que tem sido pautado pela tranquilidade.

“É uma experiência bastante diferente daquilo que tem sido nos anos anteriores, desde logo na operacionalidade o que permite um menor fluxo de pessoas em cada escola. Isto era muito importante para nós até para manter algumas regras de segurança e para os alunos que lhes permite ter uma experiência mais calma, não tendo que passar por grandes filas e uma espera que parecia quase eterna.

José Pinheiro – Presidente AAUTAD

Por agora tem corrido tudo com muita calma, com ajuda dos núcleos, e esperamos que o resto da semana prossiga assim”.

O presidente da AAUTAD deixou ainda uma mensagem aos novos alunos que agora chegam a Vila Real de que na academia transmontana irão encontrar uma família.

“A mensagem que posso deixar é que nós enquanto universidade, Associação Académica, núcleos de estudantes, secções culturais, etc, trabalhamos efetivamente para que a vossa chegada ao nosso Reino Maravilhoso fosse a mais segura e mais amigável possível. Trabalhamos para que nada fosse comprometido, para que a experiência da vida académica fosse sentida pelos novos alunos.

A universidade não pode ser apenas um espaço de conhecimento, deve ser também um espaço de enriquecimento pessoal, cultural e que valorize o ser humano. Nesse sentido trabalhamos e estamos prontos para receber os novos alunos.

Em Vila Real, para cá do Marão mandam os que cá estão, e certamente passaremos a ter uma família ainda maior com a chegada destes novos alunos”.

Na receção aos novos alunos estão os núcleos de estudantes, são eles quem ajuda os caloiros a terem o primeiro contacto com o seu curso.

André Faria, presidente do Núcleo de Estudantes de Engenharia Mecânica, é um dos elementos presentes neste processo e fala-nos um pouco de como têm corrido os primeiros dias de matrículas.

“Este ano foi organizado de uma forma mais calma, com horários estipulados para que não haja grandes ajuntamentos. Quando os novos alunos aqui chegam falamos um pouco com eles explicando melhor o curso e também para lhes apresentar a nossa academia”.

André Faria – Presidente N. E. Eng. Mecânica

André Faria conta-nos ainda que as medidas de segurança com a Covid-19 são uma preocupação constante, deixando uma mensagem de calma aos novos alunos.

“Tem havido preocupação tanto por parte dos que já cá estão como por parte dos novos alunos e dos seus familiares. De facto nenhum de nós sabe bem ainda como são as aulas. Com a crise económica que começa a dar sinais há quem esteja hesitante em procurar casa porque não sabe se realmente vai ser necessário.

O melhor que posso aconselhar é que façam tudo com muita calma e com motivação, por vezes o pessoal desmotiva com algumas situações mas o importante é olhar sempre pelo lado positivo”.

Entre os novos alunos que este ano chegam à UTAD está um grupo de três amigos vindos de Amarante. Francisco, Laila e Leonor são amigos há vários anos mas a escolha pelo mesmo curso “não foi planeada” e Leonor acabou mesmo por não conseguir entrar no curso pretendido, contudo afirma-se feliz com esta nova etapa.

“Entrei em Comunicação e Multimédia mas o que eu queria era Ciências da Comunicação, para já vou matricular-me mas fico à espera da 2ª fase. De qualquer das formas já estou feliz por ter entrado, mesmo não tendo sido na primeira opção”.

Já Francisco conta-nos que está um pouco nervoso, revelando-se mesmo surpreendido pela dimensão do campus.

“Uma mistura de sensações, algum receio mas também muita felicidade por estar aqui. Até agora tenho sido bem recebido aqui por toda a gente. É uma nova experiência, nunca pensei que a UTAD fosse assim tão grande, é tudo muito novo”.

Laila também se confessa nervosa, contudo afirma que iniciar este novo desafio com os seus amigos de longa data se torna mais fácil.

“Muito nervosismo mas nós os três já somos amigos há muito tempo o que certamente nos irá ajudar a ambientar a esta mudança”.

Laila Diares, Leonor Silva, Francisco Pinto e Rosa Silva

A acompanhar o grupo de amigos está a mãe de Francisco, Rosa Silva, que se confessa nervosa com este momento apesar do orgulho que sente ao ver o filho e as suas amigas entrarem na universidade.

“O primeiro sentimento é de muita felicidade, em especial pelo meu filho, pelas amigas e por sentir que eles estão felizes juntos. O meu intuito aqui é trazê-los e ajudá-los neste arranque de uma vida nova.

Apesar de tudo há também um sentimento de alguma confusão porque vão começar uma vida longe de nós e isso é sempre estranho”.

Pedro Ribeiro, natural de Santa Maria da Feira, é caloiro de Engenharia Biomédica. Depois de concluído o processo de matrícula fala à nossa reportagem afirmando que está expectante com o seu curso e com uma nova vida.

“Espero que seja um curso que corra bem, que é muito diversificado e a expectativa é que me adapte bem. Viver sozinho é uma experiência nova que acredito que será boa para mim e que me fará crescer em diferentes aspetos”.