

Recentemente foi criado no concelho de Tarouca o CAO (Centro de Atividades Ocupacional) para pessoas portadoras de deficiência. Valdemar pereira, presidente da Câmara Municipal destacou este espaço como “um contributo significativo para uma maior equidade ao nível social” no município.
O Centro de Atividades Ocupacional foi criado pelo atual executivo que afirmou desde o início do mandato “a necessidade de encontrar uma resposta social para os cidadãos portadores de deficiência do concelho”. Nessa perspetiva foi criado o CAO, direcionado para pessoas portados de deficiência. “Conscientes da importância da existência de um espaço que permitisse acolher estes munícipes durante o dia, foram levadas a cabo um conjunto de obras de adaptação de um espaço, propriedade da autarquia”, declarou Valdemar Pereira.
O centro tem capacidade para acolher 22 pessoas portadoras de deficiência e o seu espaço físico conta com dois ateliês de atividades, sala de motricidade e reabilitação, refeitório e sala de repouso. O investimento resulta de uma parceria entre o município e a Santa Casa da Misericórdia de Tarouca, “instituições que partilham a missão de procurar, através de todos os métodos e meios exequíveis, proporcionar melhores condições de vida aos cidadãos”, sublinhou o autarca, salientando a necessidade de um espaço do género no concelho há “muito tempo”.
Valdemar Pereira mostrou-se “satisfeito”, na medida em que este espaço vem “colmatar uma lacuna concelhia, com esta valência passou a existir um conjunto de respostas sociais aos jovens e adultos portadores de deficiência e, naturalmente, também às suas famílias”, disse o presidente.
O edil frisou a importância de um espaço onde as pessoas portadoras de deficiência possam interagir entre si e “estimulados a desenvolver as suas capacidades físicas e cognitivas, rodeados da atenção e cuidados necessários, proporcionando às famílias o sentimento de segurança e tranquilidade”.
Rui Raimundo, provedor da Santa Casa da Misericórdia, lembra o valor do espaço do CAO “há muito desejado no município”, mas confessa que uma das dificuldades tem sido a relutância das pessoas, “não porque não gostam ou não queiram, mas pensam na parte económica e isso torna-se um entrave a colocar estas pessoas no centro”, revelou o provedor.
Em relação ao futuro, Valdemar Pereira, espera que este apoio “dê um contributo significativo para uma maior equidade ao nível social, prestando apoio técnico especializado àqueles que verdadeiramente mais necessitam dele”, opinião partilhada por Rui Raimundo, que afirma “esta é uma grande vitória para Tarouca”. O autarca salientou que apesar da criação deste centro “as respostas sociais aos cidadãos portadores de deficiência nunca serão suficientes. É importante que autarquias, governo, instituições e sociedade civil congreguem esforços no sentido de ser prestado o devido apoio, para que a integração destes cidadãos na sociedade não passe de uma utopia”. Para Rui Raimundo, é necessário que “olhar com outros olhos para estas pessoas”, sublinhando que “na região é preciso criar um centro que possa cuidar das pessoas portadoras de deficiência também da parte da noite, é uma batalha que iremos tentar travar”, concluiu o provedor da Santa Casa da Misericórdia.