Wine & Music Valley 2021 já tem data e artistas confirmados

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A edição 2021 do Wine & Music Valley foi ontem (18/09) apresentada ao público com o desvendar das datas e alguns dos artistas que estarão no palco deste vento que junta música, gastronomia e vinhos.

João Pedro Pais, Pedro Abrunhosa, Ana Moura e Expensive Soul são para já os nomes anunciados para o festival que no ano 2019 contou com mais de 17 mil pessoas no público, número que a organização espera ultrapassar nos dias 10 e 11 de setembro do próximo ano.

Devido à pandemia Covid-19 a organização viu-se forçada a cancelar a realização do evento em 2020, uma decisão que, para Manuel Osório, um dos organizadores “foi difícil”.

“Estávamos com boa perspetiva para este ano e havia a insistência de vários quadrantes no sentido de organizar este evento ainda durante 2020 mas chegou a uma certa altura em que pensamos que realmente não estavam reunidas as condições para que tal acontecesse e em primeiro lugar estava a saúde das pessoas.

Este é um festival que ainda não tem notoriedade, daí esta ação, porque não queremos que as pessoas se esqueçam do WMV e que em 2021 estaremos aqui com grande força. Já presentamos estes artistas nacionais mas em breve apresentaremos mais novidades, com mais artistas e chefes”.

Uma das novidades já divulgadas para o próximo ano é o aumento de produtores presentes no festival que passará de 84 para 100.

“No ano passado tivemos 84 produtores, para esta edição teremos 100 o que para nós é o número ideal, também porque estamos a contar com uma maior afluência de público. Em termos de produtores certamente que a procura que temos ultrapassa esses 100 mas é um número que consideramos ajustado”, afirma Manuel Osório.

Presente também nesta apresentação esteve Luís Pedro Martins, Presidente do Turismo do Porto e Norte (TPNP), entidade que apoia a organização desde o momento de idealização do festival, uma decisão que o responsável assume acertada.

“Nós estivemos sempre com este festival desde a sua criação, tivemos inclusivamente na sua idealização, daquilo que seria um festival diferenciador em relação a outros eventos do mesmo género.

Em 2019 tivemos a certeza absoluta que este festival acabou por se tornar uma das ações de promoção mais importantes do sub destino Douro. Foi também no Porto e Norte de Portugal um dos eventos mais participados e que superou bastante aquelas que eram as nossa expectativas. Em 2020 era um daqueles eventos que pretendíamos ajudar na promoção internacional, infelizmente, por força do Covid não foi possível.

Estamos aqui hoje para assinalar esse regresso em 2021 com a certeza que vai ser mais um momento importante em termos de ação promocional deste destino e que nos consegue juntar vários produtos turísticos que existem na região”

Ainda de acordo com o Presidente do TPNP, “ter eventos destes em agenda para 2021 é um sinal de esperança depois de um ano que foi tão difícil para todos”.

Uma das características mais diferenciadoras deste festival é precisamente a questão das bebidas alcoólicas, dentro do recinto apenas são consumidos vinhos Douro e Porto, algo que, para o Presidente do IVDP, Gilberto Igrejas, é demonstrativo da união da região em torno destes produtos tão importante para a economia regional.

“Este evento é bastante importante para o IVDP, é mais um sinal da região no contexto nacional e a nossa presença, ainda que apenas institucional na apresentação deste evento, é precisamente reiterar o nosso envolvimento enquanto região neste evento que queremos de natureza coletiva e onde esperamos, uma vez mais, que o setor vá aderir e que desta adesão iremos trazer seguramente mais riqueza à região colocando-a no mapa das regiões vitivinícolas do país.

De notar que a importância deste evento, pelo facto de não se ter realizados este ano, acresce ainda de uma maior responsabilidade. Aquilo que nós queremos para o próximo ano é que de facto este evento consagre uma região, ainda para mais porque ela se vai celebrar precisamente no dia em que se celebram 265 anos da Região Demarcada do Douro, e isso também é um bom sinal de festa para as gentes durienses que todos nós queremos que de alguma maneira participem nesta festa coletiva e aumente ainda mais o vislumbre da marca Portugal no Mundo e da RDD”.

Para Gilberto Igrejas a presença dos produtores de vinho no festival e a realização do evento em si são fatores demonstrativos do dinamismo e jovialidade que a região tem e que pretende dar a conhecer, na busca de novos mercados e novos consumidores.

“Foi muito arriscado lançar um evento em que a única bebida, que foi consumida com moderação, foram apenas e só os vinhos do Douro e Porto. Devemos destacar e realçar que os 84 produtores presentes no ano passado deram de alguma forma o seu aval para que este festival se realizasse, e o seu envolvimento e a sua participação fizeram com que outros não tendo estado agora sintam necessidade de estar.

A região não tem falta de um evento destes, tem falta de vários eventos destes que promovam ainda mais o vinho da região e que de alguma maneira levem para todo o país a genuinidade deste produto, mas também leve a imagem de uma região moderna, onde abundam projetos inovadores de jovens enólogos, gente com capacidade, tecnologia, inovação e empreendedorismo. Nós vamos estar sempre ao lado de projetos como estes.

É preciso aproximar os novos consumidores e em todas as ações de promoção que temos levado a cabo no IVDP, nunca dissociamos a DOP Douro da DOP Porto, fazemos sempre a promoção das duas em conjunto porque acreditamos que há mercados onde o Porto puxa o Douro e vice-versa”.

Ângelo Moura, autarca lamecense, também presente na apresentação do WMV 2021, em declarações ao nosso jornal sublinhou o orgulho em acolher este evento, afirmando que este não é apenas do seu concelho mas de toda a região.

“De facto é um orgulho e uma honra enorme receber em Lamego esta iniciativa. Desde a primeira hora que a Câmara Municipal de Lamego se associou a esta iniciativa que engloba a organização, o TPNP e o IVDP.

Lamego reúne as condições físicas necessárias à realização deste evento. 2019 foi o sucesso que todos reconheceram, um festival inédito que tinha como denominador comum o vinho e a música, ao mais alto nível.

É uma forma de promovermos o território, a vinha e o vinho. No caso de Lamego os vinhos e também os espumantes e com isto trazer melhor qualidade de vida para as nossas gentes. Promovendo o nosso território conseguimos dar mais qualidade de vida às nossas gentes. Lamego é Douro e de ouro, como costumo dizer”.

Carlos Carvalho, presidente da Câmara Municipal de Tabuaço foi outro dos presentes nesta ação. Para o autarca este evento “é extremamente importante até porque tem uma dinâmica tripartida ligando uma série de fatores fundamentais para a economia do Douro como o vinho, a gastronomia, a cultura local e a promoção turística. Parece-me um evento, à semelhança de outros com dimensão semelhante, fundamental, para que nós consigamos afirmar o Douro como um todo e enquanto destino, seja ele turístico, gastronómico ou como produtor de vinhos Porto e Douro”.

Na edição 2019 os produtores de Tabuaço também marcaram presença na Wine Village, para Carlos Carvalho é um sinal da união que existe na região e que ajuda a projetar a imagem da mesma fora de portas.

Naquilo que são os eventos que organizamos no nosso concelho, entendemos que não devem ser exclusivos aos nossos produtores, também é fundamental que os nossos produtores possam estar presentes nos diversos eventos que vão sendo realizados no nosso território.

Isto também permite que nós consigamos sair daquilo que é a nossa esfera e apresentar o Douro como um todo, até porque continuamos a defender que com esta promoção conjunta podemos ser mais abrangentes, mais diversificados, fazendo com que as características de cada um dos nossos concelhos nos fortaleça mais”.

A apresentação oficial das datas e dos primeiros nomes para a edição 2021 do Wine & Music Valley ficou ainda marcada por um mini concerto de João Pedro Pais que Às comunicação social revelou estar “honrado com o convite da organização para participar neste festival”.

Para o artista é importante voltar aos palcos até porque, como diz, “as pessoas estão sedentas de música ao vivo”, razão pela qual espera que “nessa altura a máscara já não seja necessária”, até porque dessa forma não vai “poder ver as pessoas a mexer os lábios enquanto trauteiam as músicas”.