Nuno Gonçalves, vice-presidente da CIM Douro e autarca de Torre de Moncorvo assumiu, em declarações à agência Lusa que a Comunidade Intermunicipal irá apoiar os custos acrescidos dos desdobramentos necessários para que o transporte escolar seja feito em segurança.
Para o autarca em questão está a segurança do transporte dos alunos da região para as respetivas escolas que, devido às regras de lotação impostas pela Covid-19, podem obrigar a um desdobramento desses transportes, com custos acrescidos para as transportadoras.
“Obviamente que não vamos deixar de estar presentes como sempre estivemos, na garantia dos serviços mínimos, e vamos continuar a estar na fila da frente, assumindo os desdobramentos se necessário, com uma comparticipação por parte dos municípios”.
De acordo com Nuno Gonçalves, este desdobramento pode resultar num aumento dos custos para os municípios que, no caso de Torre de Moncorvo, município que lidera, seria “de meio milhão de euros”.
Nuno Gonçalves lembrou, nas suas declarações, que no território da CIM Douro há autarquia que gerem os seus próprios transportes como é o caso de Lamego, Vila Real, Moimenta da Beira e Freixo de Espada à Cinta.
De acordo com o vice-presidente da Comunidade Intermunicipal, os 19 municípios estão empenhados em que haja “uma maior segurança e que não faltem meios, quer nas escolas, quer sensibilizando outros organismos para que as crianças iniciem os anos letivos sem complicações”, alertando ainda para um problema “já previsível” com vários professores a estarem de baixa com atestados médicos.
“Provavelmente este ano isso irá sentir-se um bocado mais do que tem sido nos anos anteriores, fruto de nos quadros de algumas escolas os professores já terem alguma idade e terem algum receito no regresso deste ano letivo”.
Entretanto a empresa Transdev anunciou já que reativou as rotas municipais de transporte escolar em coordenação com as solicitações dos municípios e de acordo com as necessidades decorrentes do período de pandemia que vivemos, nos concelhos de Alijó, Armamar, Penedono, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Vila Nova de Foz Côa, Lamego e Moimenta da Beira.
A retoma do serviço foi possível após acordo com as autarquias para que financiem a operação, no sentido de a tornar sustentável, numa altura em que as necessidades aumentam devido precisamente ao transporte dos alunos para as escolas.