

Eduardo Rocha foi eleito a 9 de julho como presidente da Comissão Política de Secção do PSD de S. João da Pesqueira. Sendo que a 30 de setembro a Comissão Política de S. João da Pesqueira promoveu a sessão pública da tomada de posse formal dos novos órgãos de Secção do PSD para o biénio 2016 a 2018, com a presença de Luís Montenegro, líder Parlamentar do PSD e de Pedro Alves, presidente da Comissão Política Distrital. O VivaDouro esteve à conversa com Eduardo Rocha
Quem é Eduardo Rocha? Como é que começou a sua ligação com o PSD?
Isto vem de uma relação de muitos anos, com o deputado Lima Costa, enquanto era autarca, e por uma ligação que existia de proximidade. Dentro da simpatia que existia pelo PSD surgiu também um dia a perspetiva da militância. Isto há mais de 20 anos. Não que essa filiação tenha trazido uma forma diferente de ver e de estar mas senti ser importante, porque quando uma pessoa veste uma camisola de forma mais presente consegue discutir qualquer que seja o assunto de uma forma mais vigorosa. Daí tudo são passos, feitos com alguma cautela, que me levaram a fazer parte de uma Assembleia Municipal.
Foi membro da Assembleia Municipal eleito nas listas do PSD?
Exatamente. Como estava a dizer, estive um tempo um pouco afastado por motivos de natureza pessoal e profissional e ingressei numa vida mais ativa há quatro anos quando por entendimento com o atual vice-presidente da autarquia, Vítor Sobral, se perspetivou a construção de uma lista que nos levaria a ser candidatos à concelhia
Nesses quatro anos passaram pelo menos por um período autárquico em que ganharam a Câmara Municipal de S. João da Pesqueira?
Isso aconteceu efetivamente, foram as últimas eleições. Neste momento e porque entendi que reunia condições quer pessoais quer profissionais, quer de apoio dentro da militância do PSD de S. João da Pesqueira, foi o momento que entendi ser oportuno para poder apresentar-me como candidato à Concelhia de S. João da Pesqueira. Houve entendimento, com a formação de uma lista única, com consenso de uma grande parte dos militantes, pelo menos de todos aqueles que auscultei. De tal maneira que nós tivemos uma votação em massa, cerca de 98% de votação com voto a favor.
Na política quando chegamos à vice-presidência temos três opções: no mandato seguinte abandonamos, mantemos a vice-presidência ou damos o salto para presidente. O Eduardo Rocha deu o salto, quis ser presidente. O que é que no seu entender neste mandato vai mudar, o que é que estava mal para pensar que este momento seria o certo para se candidatar e ganhar as eleições da concelhia?
No que diz respeito ao tempo, é importante entender em termos conjunturais a nossa posição. O facto de assumir a presidência de uma Associação Humanitária, o facto de ser diretor da Escola Profissional, o facto de por inerência ter outras funções a nível regional, já não são só locais, leva a que tenhamos uma visão mais estratégica daquilo que para nós é entendimento fundamental naquilo que sejam as prossecuções do concelho.
O que me está a querer dizer é que a dimensão que o homem Eduardo Rocha tem no concelho de S. João da Pesqueira, atendendo às várias funções que desempenha, neste momento é a pessoa mais capaz para conduzir daqui a um ano a uma vitória autárquica?
Absolutamente. Aliás aquilo que é objetivado por esta minha candidatura hoje na presidência tem a ver com aquilo que disse, tem a ver com o facto de não romper com aquilo que era a visão anterior, no entanto melhorá-la e isso significa exatamente pensarmos nas várias dimensões. Quando falo de uma agenda local, da relação com os presidentes de Junta, quando falo do planeamento estratégico que está a ser construído já com base no futuro para este biénio e simultaneamente com as autárquicas que aí vêm, está-se a dar um exemplo daquilo que se deu no passado. A minha pessoa enquanto presidente nomeado pelos restantes membros da concelhia tem um objetivo claro que é ganhar as próximas eleições autárquicas. Sendo certo que uma concelhia não se deve apenas e só preocupar com aquilo que é um candidato autárquico. Daí que a nossa perspetiva seja muito mais abrangente. Esta concelhia não vem combater o incombatível, esta concelhia vem tentar dar luz aquilo que ainda possa ter visibilidade, não porque já exista mas que possa ter existido e voltar a existir. O facto de nos irmos debater necessariamente com um centro de saúde mais equipado, mais capaz, que dê respostas que já deu no passado que neste momento não dá.
Põe a hipótese de ser candidato à Câmara Municipal de São João da Pesqueira?
Um dia.
Mas não em 2017?
Um dia. Estou a ser muito concreto, um dia.
Para finalizar, há alguma possibilidade, a um ano de eleições, sendo que as últimas autárquicas foram disputadas por um movimento independente, em que as pessoas conectadas com esse movimento são PSD. É sua intenção unir essas pessoas e apresentar um partido único ou acha que isso é impossível neste momento?
Para mim nada é impossível. Tudo é realizável. Isso depende não só de um lado mas de dois lados.

Do seu lado em concreto há vontade disso?
Não há falta de vontade. Nós temos que pensar não só numa liderança, temos de pensar num conjunto de pessoas ligadas à liderança. É óbvio que quando falamos de dissidentes do PSD, se não todos uma parte, temos de pensar em pessoas que por motivos a que sou alheio deixaram de fazer parte de uma militância. Nesse sentido não tenho qualquer ressentimento em que quem quer que seja desse partido independente passe a fazer parte da lista. Desde que haja consenso das pessoas em aceitar determinadas pessoas nesta mesma estrutura. Uma vez que em dezembro será o momento para se apresentar candidatos, nessa altura certamente que haverá boas novidades.