
A aldeia da Lapa, situada na freguesia de Quintela, concelho de Sernancelhe, é candidata às 7 Maravilhas de Portugal, na categoria Aldeias-Monumento. A candidatura foi apresentada pelo Santuário de Nossa Senhora da Lapa, situado na aldeia.
“É um sítio de culto que remonta há mais de cinco séculos, antes de Fátima foi um dos centros nacionais de culto a Nossa Senhora”, sublinha o padre José Alves de Amorim, Reitor do Santuário.
“Esta aldeia tem ainda à volta do Santuário casas antigas e até uma atmosfera de antiguidade que é possível preservar. O Santuário dá valor à aldeia e a aldeia dá valor ao Santuário e portanto as entidades civis e religiosas em consonância podem pôr este lugar com mais prestígio”, explicou o Reitor, ao evidenciar o “enorme potencial espiritual, histórico e turístico” da Lapa.
O Município de Sernancelhe “encara com grande expectativa e confiança num bom resultado a candidatura da Lapa ao concurso Maravilhas de Portugal – Aldeias. Saudamos e congratulamo-nos com a Candidatura do Santuário da Lapa, numa ação que demonstra que o concelho conta com uma sociedade civil ativa, participativa, que atua sempre que está em causa o interesse das comunidades e das instituições. Enaltecemos, por isso, a candidatura do Santuário da Lapa, acreditando que reúne as condições para ser reconhecida como Aldeia Monumento”, afirmou ao VivaDouro a autarquia.
“Tal como sucedeu com o estatuto de Aldeia de Portugal, a Lapa pode beneficiar da participação no projeto Maravilhas de Portugal, em boa medida pela visibilidade e mediatização que concursos do género oferecerem. Entendemos aliás esse fenómeno como uma consequência natural, e merecida, para uma comunidade e um Santuário que souberam, durante mais de cinco séculos, preservar o seu património, apostar nos elementos materiais e imateriais que diferenciam a Lapa e conseguiram, num tempo em que tudo é tão efémero, que o culto de Nossa Senhora da Lapa se mantivesse vivo até aos nossos dias”, acrescentou o município de Sernancelhe.
A iniciativa surge na mesma altura em que o Governo foi desafiado a potenciar o Santuário de Nossa Senhora da Lapa enquanto “produto” de interesse económico e turístico, de âmbito religioso. O desafio foi lançado pelo CDS no parlamento.