

Torre de Moncorvo realizou mais uma edição da Feira Medieval, durante três dias a vila recuou no tempo e retratou uma autêntica viagem ao ambiente vivido no reinado de D. Dinis. A Autarquia faz um balanço positivo desta edição do evento, que levou à vila milhares de visitantes.
Durante os dias 8, 9 e 10 de abril a vila de Torre de Moncorvo respirou a época medieval, tendo como figura central o rei D. Dinis, filho de Afonso III e de D. Beatriz de Castela, toda a Feira se desenrolou em volta do tema: “D. Dinis, Poeta e Trovador”.
Entre as várias atividades realizadas ao longo dos três dias, destaque para o cortejo da chegada do Rei, que contou com a participação dos Alunos do Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo e de alunos e professores das escolas de Freixo de Espada à Cinta, Alfandega da Fé, Vila Flor, Mirandela, Carrazeda de Ansiães e Vila Nova de Foz Côa.
O Assalto ao Castelo, Julgamentos no Pelourinho, Casamento Medieval, Jogos Medievais e Música medieval, foram outras das atividades que animaram os diversos espaços da feira.
Entre mendigos, ciganas, magos, bobos da corte, malabaristas e cuspidores do fogo, várias eram as personagens que passeavam pelo centro histórico da vila, palco da Feira Medieval, e que transportavam os visitantes numa viagem no tempo. Foram mais de mil os figurantes envolvidos no evento, incluindo também a população.
“A feira contou com a presença de vários grupos de animação e de várias entidades locais envolvidas como o Agrupamento de Escolas, Escuteiros, GNR, entre outras”, informou Victor Moreira, vice-presidente do município.

Nuno Gonçalves presidente da Câmara Municipal, sublinha que “esta feira não contrata grupos externos para vir a Torre de Moncorvo, é a população que se envolve daí o nosso slogan: vem fazer parte da história”, afirmou
João Brás, professor no Agrupamento de Escolas do concelho e também o figurante a interpretar a personagem do Rei na feira, destaca a “envolvência da própria população e mesmo dos alunos, nós não vamos à feira, fazemos parte da feira e quando alguém tem o privilégio de ter os munícipes a fazer a própria feira eu penso que só pode ser um enorme agrado e uma enorme satisfação”, afirmou.
A autarquia faz um balanço positivo desta edição da Feira Medieval, “embora o estado do tempo não tenha ajudado muito no domingo, mas os dois primeiros dias correram bastante bem”, confessou Victor Moreira.
Depois de no ano passado terem passado pelo evento cerca de 25 mil visitantes, nesta edição a autarquia revela que, “a Feira Medieval de Torre de Moncorvo contou com mais de mil figurantes e milhares de visitantes”, acrescentou o vice-presidente.
Mercado Medieval contou com mais de 70 expositores
Como era habitual na época não podia faltar um mercado medieval constituído por mais de 70 expositores incluindo artesãos, mercadores e taberneiros.

Dina Morais, proprietária de uma loja de produtos regionais e de um restaurante na vila participa na Feira Medieval desde a primeira edição, de acordo com a comerciante, “esta feira vem dar uma lufada de ar fresco ao comércio porque este fim-de-semana se não fosse a Feira Medieval isto estava parado”, confessou ao VivaDouro.
Na opinião de Dina Morais, a amêndoa “é um dos doces mais procurados, porque faz parte da terra, Moncorvo é o concelho que mais amêndoa produz e a única terra que faz amêndoa coberta, que é o doce típico de Torre de Moncorvo”.

Ana Romualdo, participante do mercado medieval, acredita que esta feira é “muito boa para a economia do concelho, tem muita gente, muitos turistas a visitar Moncorvo, é um fim-de-semana diferente, sem dúvida uma das festas mais importantes”, confessou ao VivaDouro.

Fátima Ruas, proveniente de Santa Comba Dão, foi até Moncorvo para participar no mercado medieval, “é muito bom visitar a vila nestes dias, acho muito bonito o empenho da população, das escolas, dos auxiliares, dos professores, fazem o cortejo maravilhoso eu acho que é muito bonito”, declarou.
A Feira Medieval ficou ainda marcada pelo forte envolvimento da população e dos comerciantes, que se vestiram a rigor para animar o evento ao longo dos três dias.