Importa identificar e valorizar as oportunidade para que possamos viver melhor e felizes nesta região de diversidades, de potencialidades, de identidades, únicas.
Precisamos, realmente, unir. Uma união pela sobrevivência.
Todos sabemos que somos cada vez menos os que persistimos e resistimos em viver nas terras do Grande Douro. Somos menos e estamos mais velhos.
Há freguesias e até municípios que serão um vazio de pessoas na próxima década.
Continuamos motivados e com a esperança de impedirmos a desertificação humana de algumas das nossas terras?
É uma tristeza imensa cada vez que uma casa fica abandonada. Há cada vez mais portas que se fecham. Os silêncios são pesados e desassossegantes.
O nosso maior problema é a falta de pessoas!
É-o há muitos anos. Mas continuamos com a cabeça enterrada na areia.
Os modelos organizacionais, com algumas exceções, não mudaram.
O facto de sermos poucos não nos pode matar a esperança de revertermos a tendência.
Queremos ser mais e viver melhor!
Para isso precisamos inovar. E inovar é olhar as coisas de outra perspetiva. A perspetiva do sucesso e da viabilidade.
Por exemplo, a agricultura pode fixar pessoas, e ser muito rentável. Há excelentes exemplos na região. Precisamos reforçar a inovação. Para isso urge olhar este setor com estratégia integrada e planeamento.
O turismo é já uma excelente fonte de riqueza, mas podemos ir mais longe. Mas para se ir mais longe só planeando envolvendo as pessoas do território.
É preciso juntar esforços. E tomarmos decisões em vários concelhos ao mesmo tempo.
Que lógica têm as dinâmicas estruturantes, mas sem escala e confinadas?
Que impacto têm iniciativas agarradas a um só município quando na verdade o que faria sentido era juntarmo-nos para se dar dimensão às marcas e aos esforços de as promover?
Há imensas oportunidades no Grande Douro. Mas só serão verdadeiras soluções se tivermos visão estratégica e capacidade de darmos escala aos nossos esforços. De, realmente, nos juntarmos.
A Agenda Douro é o chapéu que precisamos para dar força e dimensão a muitas das iniciativas locais. Algumas dessas iniciativas são de extraordinária valorização de produtos e territórios e, fundamentalmente, das pessoas.
A Agenda de propósitos comuns já existe, em particular nos grandes investimentos. Mas precisamos ir mais longe. Se não for possível à escala do Grande Douro, avance-se já no Douro Sul.
Vamos lá unir para sobreviver.