Unir para sobreviver!

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Domingos Nascimento

Importa identificar e valorizar as oportunidade para que possamos viver melhor e felizes nesta região de diversidades, de potencialidades, de identidades, únicas.

Precisamos, realmente, unir. Uma união pela sobrevivência.

Todos sabemos que somos cada vez menos os que persistimos e resistimos em viver nas terras do Grande Douro. Somos menos e estamos mais velhos.

Há freguesias e até municípios que serão um vazio de pessoas na próxima década.

Continuamos motivados e com a esperança de impedirmos a desertificação humana de algumas das nossas terras?

É uma tristeza imensa cada vez que uma casa fica abandonada. Há cada vez mais portas que se fecham. Os silêncios são pesados e desassossegantes.

O nosso maior problema é a falta de pessoas!

É-o há muitos anos. Mas continuamos com a cabeça enterrada na areia.

Os modelos organizacionais, com algumas exceções, não mudaram.

O facto de sermos poucos não nos pode matar a esperança de revertermos a tendência.

Queremos ser mais e viver melhor!

Para isso precisamos inovar. E inovar é olhar as coisas de outra perspetiva. A perspetiva do sucesso e da viabilidade.

Por exemplo, a agricultura pode fixar pessoas, e ser muito rentável. Há excelentes exemplos na região. Precisamos reforçar a inovação. Para isso urge olhar este setor com estratégia integrada e planeamento.

O turismo é já uma excelente fonte de riqueza, mas podemos ir mais longe. Mas para se ir mais longe só planeando envolvendo as pessoas do território.

É preciso juntar esforços. E tomarmos decisões em vários concelhos ao mesmo tempo.

Que lógica têm as dinâmicas estruturantes, mas sem escala e confinadas?

Que impacto têm iniciativas agarradas a um só município quando na verdade o que faria sentido era juntarmo-nos para se dar dimensão às marcas e aos esforços de as promover?

Há imensas oportunidades no Grande Douro. Mas só serão verdadeiras soluções se tivermos visão estratégica e capacidade de darmos escala aos nossos esforços. De, realmente, nos juntarmos.

A Agenda Douro é o chapéu que precisamos para dar força e dimensão a muitas das iniciativas locais. Algumas dessas iniciativas são de extraordinária valorização de produtos e territórios e, fundamentalmente, das pessoas.

A Agenda de propósitos comuns já existe, em particular nos grandes investimentos. Mas precisamos ir mais longe. Se não for possível à escala do Grande Douro, avance-se já no Douro Sul.

Vamos lá unir para sobreviver.