
Realizou-se no dia 13 de fevereiro, no Auditório Municipal de Murça, a apresentação da Universidade Sénior de Murça, cujas aulas arrancaram no dia 15 de fevereiro com 50 alunos. Esta é a estratégia que a freguesia do concelho, promotora do projeto, tem para o território, afirmando que “este tipo de iniciativas é fundamental quando queremos que o dia-a-dia das pessoas seja melhor”.
“Esta ideia surge fundamentalmente porque identificamos no concelho a falta de atividades que possam ajudar a envelhecer com qualidade de vida”, contou António Marques, presidente da junta de freguesia de Murça, acrescentando que a elevada faixa da população residente no território do Interior se encontra no escalão sénior e que, “a qualidade de vida das pessoas tem que estar no cimo das prioridades”.
“A partilha de conhecimento, do saber que a vida lhes deu e muito particularmente a partilha de afetos” são o principal objetivo do projeto, frisou António Marques.
Esta iniciativa possibilita aos séniores do concelho a frequência num conjunto de disciplinas, entre as quais informática, língua estrangeira, saúde e cuidados básicos, ginástica ou pintura, licores e sabores, entre outras, “que os ajudará a desenvolver as suas faculdades físicas e mentais”, defende António Marques, acrescentando que este espólio de atividades permitiu “aliciar inclusive alunos de concelhos vizinhos”.
“Neste projeto a boa vontade e o espírito de cooperação permitiu ultrapassar as naturais limitações orçamentais ou a falta de recursos de que tantas vezes ouvimos falar”, sublinhou o autarca, salientando que para colocar a Universidade Sénior a funcionar, é necessário “saber trabalhar em rede, algo que não foi um problema para os envolvidos no projeto”. “Conseguimos envolver todos os parceiros desde as autarquias locais, estabelecimentos de ensino, instituições de cariz humanitário, social e cultural”, explicou António Marques, mostrando a importância entre a criatividade e inovação para se alcançarem melhores resultados.
Outro dos objetivos deste projeto, na perspetiva do presidente da freguesia, é que “acima de tudo as pessoas beneficiem do que temos para oferecer”. “Nesta Universidade as pessoas podem envolver-se como alunos ou professores, onde todos se incluem, onde não há diferença de classes, de raças ou credos”, declarou.
António Marques concluiu que a expectativa foi “largamente superada, a comunidade envolveu-se sem qualquer resistência, o que por norma não acontece quando as pessoas se deparam com algo novo, que desconhecem”, acrescentando que ainda estão a receber inscrições, por isso “a motivação é enorme”.