
Vila Real e Matosinhos partilham, a partir de Maio, o título de capital do Eixo Atlântico. O objetivo central é atrair mais de 7 milhões de pessoas do Norte de Portugal e Galiza através de um vasto programa cultural desenvolvido ao longo deste ano.
“Do Douro ao Atlântico” é o tema e fio condutor que une as duas cidades que este ano partilham a Capital da Cultura do Eixo Atlântico, Matosinhos e Vila Real.
A Capital da Cultura do Eixo Atlântico surgiu em 2007 numa cooperação entre o norte de Portugal e a Galiza, com o objetivo de valorizar a cultura que é comum e os artistas que a perpetuam. Partindo desta ideia, o Município de Vila Real decidiu apresentar em 2015 uma candidatura à organização deste evento Ibérico.
De acordo com o município esta candidatura insere-se na política de promoção nacional e internacional da marca Vila Real. “Está na altura de Portugal e o Mundo conhecerem este segredo, que esteve guardado tempo demais. Quer através de eventos desportivos como o WTCC ou de eventos culturais como a Capital da Cultura do Eixo Atlântico, Vila Real está, cada vez mais, nas bocas do mundo”,
A Capital da Cultura pretende “criar uma montra que permita aos agentes culturais levarem a sua oferta a mais de 7 milhões de pessoas no Norte de Portugal e na Galiza”, informa a autarquia.
Vila Real aproveita o mote também para celebrar o território a jusante deste curso. No ano em que se celebram os 260 anos da Região Demarcada do Douro, reconhecida pela UNESCO como Património da Humanidade, “a simbologia do “vinho” surge como uma oportunidade de brindarmos à cultura de uma forma ampla e universal, indo às raízes, reconhecendo a nossa identidade e, a partir daí, perspetivando o futuro”, afirma a autarquia.
Com incidência nos meses de Maio a Outubro, prevê-se que a programação de Vila Real Capital da Cultura Eixo Atlântico 2016 inclua cerca de duas centenas de eventos em diferentes espaços e instituições da cidade e em diferentes áreas artísticas, como teatro, dança, música, artes urbanas, fotografia, cinema, literatura, artes plásticas, além de eventos relacionados com o pensamento crítico ou com a promoção de produtos endógenos da região, com destaque para o vinho.
A programação da Capital da Cultura abre a 5 de Maio com a vinda a Vila Real, pela primeira vez, da Orquestra Gulbenkian, num concerto integrado na digressão de estreia do Concerto para Piano e Orquestra de Mário Laginha. No mesmo dia será inaugurada a Bienal de Pintura do Eixo Atlântico e realizar-se-á uma evocação do escritor Trindade Coelho.
“Estamos certos de que este evento marcará mais uma página de ouro da nossa cultura. Queremos que a Capital da Cultura do Eixo Atlântico seja um evento dinâmico e vibrante, próprio de uma cidade jovem e com muita vontade de afirmação”, revelou o município de Vila Real.