São muitos os exemplos de bom trabalho nas instituições da economia social.
De todos os concelhos chegam-nos grandes sinais de competência e capacidade de realização.
As Misericórdias, os Centros Sociais e Paroquiais, os Centros de Promoção Social e outras
Associações de Solidariedade Social, são o grande pilar de sustentabilidade e coesão social na nossa região.
Neste tempo de desassossego, encontramos, na sociedade civil, a força e a serenidade dos valores de uma cidadania ativa e solidária. “Cada um de nós tem o poder de fazer a diferença”, mas, conjugando esforços, integrados nas instituições, a capacidade de se promover mudança é bem maior.
Esta autêntica rede de serviços de apoio humano, o conjunto das IPSS, transformou
indelevelmente a estrutura sócio económica deste território, fazendo-o mais humano e inclusivo.
São estas instituições, as responsáveis por uma percentagem muito significativa do emprego, e quase as únicas estruturas que, para lá dos municípios e do ensino, empregam pessoas qualificadas e altamente qualificadas. Por isso, é nas instituições que está a maior massa crítica social. Isto é, são cada vez mais centros do conhecimento científico nos territórios de baixa densidade.
Não ter isto em conta é desprezar um trabalho de enorme relevância e desaproveitar as
potencialidades destas estruturas de real proximidade aos cidadãos e às suas necessidades.
Importa por isso, que tenhamos consciência da força realizadora das instituições e possamos, ao mesmo tempo que ajudamos intergeracionalmente os cidadãos, valorizar os profissionais que aí trabalham.
Se soubermos mobilizá-los para a missão das instituições, poderá estar neles a força construtora de mudança sociológica e de dinâmica económica que se impõem.
Os dirigentes destas Instituições são hoje os líderes de soluções centrais para a vida das nossas terras. A sua preparação humana é certamente das melhores e por norma são pessoas referência. Contudo, urge promover interação e partilha de experiências.
As IPSS juntas, no Douro Sul, são a maior força organizacional da região. Todos sabemos disto, podemos, por isso, apostar na sua integração nas políticas, não só sociais, mas convictamente, nas da saúde, educação e desenvolvimento económico.
Desafio os leitores em geral a refletirem sobre esta temática – cidadania ativa tendo como
epicentro as Instituições . Insto os profissionais a tomarem cada vez mais consciência dos seu papel de construtores de mudança e felicito os seus dirigentes pela ação meritória de
humanitarismo que oferecem à sociedade, assumindo, generosamente, grandes responsabilidades sociais e económicas.