Por António Fontainhas Fernandes, reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)
A recente assinatura do memorandum de entendimento entre a UTAD e a CCDR-Norte visando a criação da “Plataforma de Inovação da Vinha e do Vinho” é uma boa medida do governo que pode contribuir para a fixação de massa crítica no interior e o desenvolvimento da economia da região. As regiões serão mais desenvolvidas se apostarem na economia do conhecimento!
A estratégia Portugal 2020 deve considerar a utilização de fundos estruturais em ações que valorizem a criação de programas de desenvolvimento, de inovação e de empreendedorismo com impacto potencial na economia da região. Caso contrário a lógica atual de utilização dos fundos estruturais e a coesão do país estão em causa!
A criação deste centro de excelência tem como objetivo desenvolver atividades que incorporem conhecimento e inovação na fileira vitivinícola, visando acrescentar valor e tornar o setor mais competitivo e mais sustentável. Este objetivo contempla dinâmicas orientadas para a sustentabilidade económica, ambiental e social, a competitividade e a internacionalização. Esta estratégia pressupõe a reorientação das políticas de I&D+I e o delineamento de modelos coletivos que envolvam os atores da fileira, vocacionar o conhecimento para o mercado e a criação de valor acrescentado baseado em I&D.
Esta estratégia exige uma forte interatividade entre empresas, instituições de I&D e associações do setor, privilegiando a experimentação, a inovação competitiva e a formação avançada. Exige também envolver as competências multidisciplinares instaladas na UTAD e nos centros de investigação do consórcio UNorte.pt, num contexto de forte ambição internacional, símbolo de uma nova economia que mobilize a estrutura empresarial da Região Norte.
A criação do centro de excelência da Vinha e do Vinho é uma aposta da UTAD que vai consolidar a sua missão, enquanto agente proactivo e dinamizador do desenvolvimento e do progresso da região e do país.