No Douro Sul: Há cada vez mais trabalho em rede!

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Recentemente dez Instituições de sete concelhos do Douro Sul, juntaram-se para formalizar candidatura ao programa de distribuição alimentar. Estas Instituições, mesmo conscientes de que será um processo exigente, não deixaram de se unir para melhor servir as pessoas mais necessitadas desta região. O programa definia que só poderia haver um centro de distribuição e dez mediadores. A Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe assumiu o centro de distribuição. É um bom exemplo de que há a possibilidade de se trabalhar em rede. As instituições envolvidas empenharam-se e mostraram capacidade organizativa. Há muitas competências técnicas e de gestão nestas Instituições, lideradas por gente que está sempre pronta para colaborar.

Há poucos dias, em Sernancelhe vários Autarcas estiveram a falar do futuro da saúde e apoio social de proximidade. Em junho, terá início um projeto piloto inovador e que se apresenta como uma nova ação de Humanização das nossas aldeias, organizando serviços, envolvendo todas as autarquias e todas as instituições, no propósito de as fazer, de forma estruturada e com suporte em conhecimento científico, amigas do cidadão. Este projeto tem já garantido o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República.

Aproxima-se um novo ciclo Autárquico e as expectativas são boas!

Neste novo ciclo parece-me que as pessoas manterão, consistentemente, uma postura de apoio a quem tiver projetos em vez discursos vazios e inconsequentes; optarão pela capacidade de trabalho em vez do populismo; afirma-se a tendência de afastamento dos partidos e vinca-se a aproximação às pessoas concretas.

No Douro Sul há excelentes Autarcas, de diferentes partidos, que têm dado provas de grande capacidade de fazer a mudança de paradigmas para a nossa região. Acredito que nas suas agendas políticas terão assuntos transversais e comuns a todo este território.

A saúde é um deles, desejando-se uma estratégia conjunta, para questões como o Hospital de Lamego, a ligação ao Hospital de Viseu, e a refundação do Aces Douro Sul – depois de três anos de grande vazio que deixa marcas bem negativas . Esta estratégia conjunta permitirá que cada concelho veja mais facilmente resolvidos os seus problemas específicos.

A agricultura é uma outra área que une estes concelhos. Há já muitos bons exemplos de colaboração, mas certamente todos têm a certeza da necessidade de se ir mais longe. As denominações de origem, a marca umbrella Douro Sul, a afirmação de clusters, como o da castanha, da maçã, da baga de sabugueiro, do espumante, do azeite, etc, associando-os a esta região tão peculiar, sem qualquer dúvida, das mais férteis da Europa.

A instalação de empresas de capital externo tem que ser um objetivo sério e constituir-se como um propósito comum. Só o emprego fará reverter a tendência de desertificação. Por isso, resta-nos lutar, incessantemente, para atrairmos investimento empresarial. Mas, todos sabemos, que não será o esforço isolado de um concelho que permitirá a concretização desse objetivo.

O Turismo, assente em processos inovadores, que se não fique pelos monumentos como âncoras, só terá viabilidade se feito em escala supraconcelhia. A diversidade deste território, as excelentes infra-estrutura e tudo o que nos faz diferentes, são o suficiente para o sucesso do turismo por estes lados. Falta só a afirmação territorial, sendo isso possível com a união de esforços , assumindo-se o Douro Sul como a marca de sedução.

Há muito futuro a despontar!

Douro Sul, a cidade que se impõem!