Comemoram-se 20 anos do reconhecimento do Douro vinhateiro como Património Mundial.
Na cerimónia de início das comemorações ficou bem clara a importância que este reconhecimento teve para a alavancagem da região em diferentes dimensões, muito particularmente a económica, com a valorização turística e dos vinhos.
As entidades que tomaram a palavra, todas, se mostraram agradadas com o caminho percorrido. Mas, alguns líderes locais, não deixaram de marcar preocupações e ambições para o território.
As comemorações durarão um ano. Eu proponho que se prolonguem para sempre.
Com uma preocupação central, a de que a cada ano, este valioso património da humanidade, seja, cada vez mais, Património da Humanização.
Que faça do Douro o lugar de referência de trabalho dignificado. Promotor de multiculturalismo. Integrador e justo.
Que o balanço social seja um exemplo para o país e para o mundo.
Que o território não deixe em desamparo os mais velhos. Permitindo-lhes viverem nas suas casas o mais tempo possível. Dando a cada comunidade (aldeia) um cuidador comunitário dedicado e, em rede, se levem cuidados de saúde e de amparo social altamente diferenciados e adaptados aos novos tempos e a este extraordinário território.
Que se promova a profissionalização dos jovens e se lhes abram horizontes na região, pelo emprego qualificado e pelo empreendedorismo, para que se inverta o caminho para o abismo da desertificação.
Que se valorize a educação para as crianças, quebrando, dessa forma, ciclos de pobreza muito pesados ainda na região.
Este Grande Douro será daqui a 20 anos o que por ele fizermos a cada dia que passa.
Com determinação e visão estratégica.
A valorização das PESSOAS é a maior das obras que no Douro vamos concretizar.