Carlos Carvalho é recandidato à autarquia de Tabuaço

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Foto: Salomé Ferreira

Carlos Carvalho encontra-se a dirigir a Câmara Municipal de Tabuaço desde 2013, sendo neste momento candidato pelo PSD às próximas eleições autárquicas, realizadas no dia 1 de outubro. O VivaDouro esteve à conversa com o edil que nos falou acerca do balanço destes anos de mandatos e sobre os planos que tem para o futuro.

Qual o balanço que faz destes quatro anos à frente da autarquia de Tabuaço?

O balanço é claramente positivo apesar dos constrangimentos financeiros que encontrámos. Pela situação financeira da Câmara, pelo facto de em 2013 se ter começado a pagar o saneamento financeiro, no valor de 8 milhões de euros, tendo tido um período de carência de três anos, entre 2010-2013, o que causou constrangimentos ainda maiores. O facto de termos inúmeras situações em tribunal, ainda sem resolução, que se vieram a resolver ao longo destes quatro anos. Realmente criaram-nos bastantes constrangimentos que nos limitaram um pouco a nossa ação. No entanto e nas diferentes áreas conseguimos ir criando as condições para levar a cabo aquilo que é o nosso projeto, o nosso objetivo, nunca descorando aquilo que é a resposta ao anseio das populações. Como é lógico muito foi feito mas a realidade é que sentimos que ainda estamos a meio de um percurso que, claramente, aquilo que é a situação financeira do município acaba por nos criar estes constrangimentos.

Conseguiu cumprir tudo a que se propôs no plano eleitoral que apresentou nas últimas eleições autárquicas?

Não, infelizmente pelos motivos descritos e também pelo facto de termos passado quatro anos em que vivemos com o fecho do último Quadro Comunitário. O atual Quadro Comunitário que já devia estar em vigor desde 2014 neste momento está encerrado. Mas a realidade é que muito daquilo a que nos tínhamos proposto, quer a abertura das piscinas municipais, que abriram logo em 2015 e que hoje em dia são um equipamento de excelência para a população; a construção do novo quartel da GNR; a participação na requalificação do quartel dos Bombeiros; a finalização das obras de regeneração urbana da vila de Tabuaço, a requalificação da Loja Interativa de Turismo; a abertura da biblioteca que vai acontecer brevemente, a par de uma séria de outras obras que fomos levando a cabo ao longo destes quatro anos, permitem-nos que realmente façamos um balanço bastante positivo. Sendo que criamos também as condições e as candidaturas para que neste momento possamos também vislumbrar vários projetos, quer a nível da regeneração urbana que irá acontecer na vila de Tabuaço e em Sendim, em Valença do Douro, a requalificação da nossa Zona Industrial, projeto esse que já está aprovado, estando agora à espera da finalização do projeto. A nível da construção de ETAR´s (Estação de Tratamento de Águas Residuais) em várias zonas que entendíamos que era realmente fundamental. A nível também daquilo que é a mobilidade urbana, em que temos cerca de 300 mil euros aprovados, a nível do PROVER, temos um valor igual. O grande problema é que isto esteve a ser preparado durante estes quatro anos, agora acredito que no espaço temporal de um ou dois anos estará tudo em cima da mesa para que possamos fazer e isso acredito que nos irá permitir chegar a uma percentagem ainda maior do que aquilo que nós pretendíamos levar a cabo.

São esses os principais projetos que pretende levar a cabo caso venha a ser eleito?

Os objetivos vão muito além disso, existe um projeto e uma base orientadora daquilo que nós pretendemos nas diferentes áreas, seja na educação, economia, saúde, na área social, na obra física, e como é lógico é mais abrangente. Estes depois no fundo são os aspetos visíveis daquilo que são estas estratégias. Como é lógico, como já dissemos, sem querer ser redundante, no fundo acaba por limitar aquilo que é uma realidade financeira como tem o município de Tabuaço. Nós temos uma receita anual na ordem dos sete milhões de euros e continuamos a dever pouco mais que o dobro. Quando chegámos à Câmara tínhamos uma realidade financeira de 15 milhões e 900 mil euros e hoje em dia estamos com uma realidade financeira de 11 milhões e 900 mil euros, com uma redução de quatro milhões de euros, é muito difícil para nós irmos reduzindo esta divida e mesmo assim ir conseguindo fazer alguma coisa, mas no fundo é este equilíbrio que todos os dias tentamos fazer, nunca descorando a satisfação das necessidades mais básicas de cada um dos indivíduos que compõem o nosso concelho. Temos a noção de que nem sempre conseguimos cumprir esse objetivo mas também temos a consciência tranquila que é diariamente com esse objetivo que lutamos, que decidimos e que tentamos levar as coisas a bom porto. Com toda a certeza eu acredito que dentro deste espirito e deste paradigma nós acabamos por conseguir concretizar esses objetivos.