Mais de 200 funcionários do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro estão aprender alguns exercícios com vista à redução das queixas provocadas pela má postura no local de trabalho.
A ideia de capacitar os funcionários do Centro Hospitalar com o conhecimento básico de alguns exercícios de alongamento partiu do serviço de fisioterapia com o objetivo de diminuir o número de queixas que se registavam devido à postura errada que muitos adotam no seu posto de trabalho, bem como os movimentos curtos e repetitivos que fazem.
“A ideia surgiu porque tínhamos uma afluência muito grande de assistentes técnicos ao serviço por queixas físicas relacionadas com o trabalho e, no intuito de atuar na prevenção, decidimos reunir um conjunto de exercícios aplicáveis no dia-a-dia procurando diminuir o número de lesões relacionadas com o trabalho”, afirma Carlos Magalhães, fisioterapeuta.
No topo das queixas que vão surgindo estão “as tendinites, mas também aparecem algumas raquialgias e mesmo cefaleias” que, para Carlos Magalhães, surgem porque “as pessoas passam muito tempo sentadas e fazem movimentos muito curtos mas repetitivos”.
Inicialmente “o projeto seria ter uma aula diária contudo, devido à escassez de recursos humanos foi necessário alterar esse plano para um vídeo com dez exercícios que está disponível na intranet e que os colaboradores podem descarregar para praticar onde quiserem, inclusivamente junto do seu posto de trabalho”, conta o fisioterapeuta que destaca ainda outro benefício desta ideia, “os funcionários sentem-se valorizados por alguém ter pensado neles e nos seus problemas”.
Maria Pinto é uma dessas funcionárias, trabalha no arquivo e está “muito tempo no computador”. Confessa que a postura adotada “nem sempre é a mais correta”, por isso considera “importante participar destes momentos onde se aprendem estes exercícios que nos ajudam a evitar as dores mais habituais”.
Tiago Loureiro é outro dos funcionários a participar na pequena aula onde é explicado como se praticam os exercícios de forma correta. Responsável pelo aprovisionamento afirma que este tipo de iniciativas “traz benefícios a nível físico e com isso também uma melhor saúde psicológica”.
“Passamos muito tempo sentados, eu, por exemplo, tenho necessidade de me levantar e andar um pouco durante o período de trabalho. Ao trabalhar na mesma posição durante muito tempo, é sabido, que nos traz problemas físicos, não só no dia-a-dia mas a longo prazo também, em especial ao nível dos músculos e das articulações”, afirma Tiago.