Assumiu a presidência em 2013 e desde entãoVila Real tem assumido um papel de maior relevância no panorama nacional.
Que balanço faz deste mandato?
É importante começar por dizer que cumprimos 50 das 54 propostas que apresentamos aos vila-realenses, sendo que as quatro restantes estão em fase de conclusão. Portanto, direi que cumpri com o que prometi.
Dentro do que prometi, importa registar algumas coisas: há quatro anos o Regia Douro Park estava praticamente abandonado, hoje estão mais de 50 empresas instaladas nessa incubadora, com mais de 150 postos de trabalho criados, quase todos altamente qualificados, em diversos setores; há quatro anos, tínhamos uma zona empresarial perdida pelo executivo anterior, hoje temos uma zona empresarial aprovada e prestes a arrancar; destaco também que a capacidade de atrair empresas estava parada em Vila Real, hoje temos investimento de diversas empresas, lojas e serviços;
Isto significa que Vila Real é atrativa para os que cá estão e para os que são de fora.
Criamos uma via verde para os investidores, baixamos os impostos municipais, criamos um regulamento que beneficia as empresas que decidem instalar-se aqui e isso resulta também numa descida do número de desempregados, reduzimos em cerca de 1000 desempregados, face a 2013.
Antes, a cidade estava parada. Hoje, através de uma parceria com o Turismo do Porto e Norte de Portugal, temos a Loja Interativa de Turismo a funcionar, temos dois hóteis concluídos e três deram entrada para construção nos próximos anos.
Há quatro anos as corridas eram um sonho utópico, quatro anos depois tivemos três vezes o Campeonato do Mundo de Carros de Turismo em Vila Real.
Além disso, investimos 20 milhões de euros em saneamento básico. Este valor poderia ter sido direcionado para outros investimentos, mas a governação é feita destas decisões. Esta é uma obra estruturante para quem não beneficiava de saneamento básico.
Baixamos as faturas da água e do IMI. Permitimos que existissem isenções de IMI para imóveis inferiores a 66.500 euros e um rendimento bruto inferior a 15.650 euros.
Pavimentamos 183 quilómetros da nossa rede viária e continuamos a pavimentar.
Portanto, direi que em quatro anos fomos muito para além daquilo que prometemos. Hoje, Vila Real tem dinâmica, energia e é cosmopolita.
Fizemos tudo isto com excelentes indicadores económicos: pagamos a dívida herdada – na ordem dos oito milhões de euros -, reduzimos o prazo de pagamento a fornecedores para dois dias, não temos dívida a curto-prazo e nos últimos dois exercícios terminamos o ano com resultados positivos, pela primeira vez na história da autarquia.
Acresce que criamos outra dinâmica na cidade. Trouxemos os santos populares, a Festa do Imigrante e a passagem do ano para o centro da cidade. Não é por acaso que Vila Real colocou 89% dos seus alunos na UTAD, na 1ª fase de candidatura. Estes dados significam que a cidade se tornou apetecível.
Não se pode esperar que em quatro anos se faça tudo o que não foi feito em 37 de democracia.
O que falta cumprir?
Há sempre novos e velhos problemas por resolver. Vamos avançar com a construção de novas piscinas municipais, com a remodelação da Escola de São Pedro, com o Centro Escolar de Lordelo, com a modernização do Pavilhão Desportivo Diogo Cão, com a construção de um novo comando da PSP, com a construção do Centro Distrital de Proteção Civil, com a expansão da rede de saneamento básico, com a construção de uma nova zona industrial, entre outros projetos.
Queremos avançar com um mercado municipal, com as corridas internacionais em Vila Real, com um novo parque de estacionamento no centro histórico, com as marchas populares.
Vamos reequacionar o projeto de agregação das freguesias, que não estão a corresponder aos anseios das populações.
O melhoramento do aeródromo também tem sido recorrente, bem como a questão do Túnel do Marão. Estas acessibilidades são fundamentais para o crescimento de Vila Real?
Claro que sim. No que diz respeito ao aeródromo, já existe um projeto com parecer positivo, está em fase avançada e é para concretizar.
O Túnel do Marão tornou Vila Real o centro do Norte. Com a rede viária que temos, estamos a poucos minutos do Porto, de Espanha, de Viseu… Nessa área também vamos ter novidades num futuro próximo.
De tudo o que se propôs fazer, o que ficou por concluir?
Há coisas que se atrasaram como, por exemplo, a Loja do Cidadão. Contudo, o Governo anterior cancelou a criação de novas Lojas do Cidadão até 2015. Como impediu essa abertura, tivemos que esperar pelo novo Governo e isso atrasou a abertura desse espaço no centro histórico de Vila Real.
Estes espaços na esfera pública irão alavancar o centro histórico.
A perda de população em Vila Real é uma realidade?
Diríamos que a perda de população de que se fala não corresponde à verdade. O último indicador que temos é do CENSOS 2011 e o próximo será publicado em 2021. Pelo meio temos estimativas.
O conjunto do país vai perder população e o único dado objetivo que temos é o recenseamento eleitoral. Perdemos menos eleitores que os concelhos vizinhos, o que será um dado significativo fase a esse rumor.
Nas últimas eleições, em 2013, a vitória foi à justa. Acredita que este ano os resultados serão diferentes?
Acredito que a população terá um forte sentido de justiça e acredito no seu julgamento. É preciso que votem e que não decidam optar pela abstenção. Não se pode achar que a vitória é certa.