Editorial – setembro 2022

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Estimados Leitores,

A política faz-se com as pessoas e para as pessoas. Os exemplos de políticos de cariz nacional que preferem estar com as pessoas reais em vez de privarem com alguns privilegiados têm sido poucos. Claro que quando falamos de políticos de uma região ou de um município há um contacto real com as pessoas e é normal que um vereador ou  até mesmo um presidente de camara tenha muita interação com pessoas do povo em geral; tendo uma perceção bem concreta das questões que podem afetar os seus eleitores.

Mas políticos com dimensão nacional raramente o têm. E, mais grave, raramente fazem por ter essa perceção; pois nas oportunidades em que poderiam ouvir os problemas reais e concretos fecham-se nos seus círculos íntimos e recebem; por isso; informação filtrada como convém a este ou àquele assessor.

Recentemente tive oportunidade de apreciar um momento muito alto do nosso Presidente da República Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa que, num evento em que estava previsto que jantasse pelas 19:30 com um conjunto de convidados especiais preferiu, consciente e perfeitamente conhecedor das consequências, estar na parte pública do evento; a interagir e falar com as pessoas. O referido jantar iniciou-se pelas 22:00 porque o nosso presidente fez as suas opções. E surpreende que o povo tenha uma enorme ligação emocional com o presidente?

Um político nacional recentemente eleito para líder do seu partido prometeu, na sua campanha, que iria viver uma semana em cada distrito do país; procurando estar com as pessoas e perceber os problemas específicos de cada região. Começou a cumprir essa promessa esta semana e com excelentes resultados mediáticos.

São estas as iniciativas que fazem com que as pessoas se aproximem dos políticos. São as ações que definem os políticos e as pessoas cada vez mais vêm as ações e não tanto as palavras. Não adianta os políticos acharem que as pessoas os vão perceber e escolher em função do que dizem. São os políticos que saem dos gabinetes e se expõem às pessoas que vão perceber melhor os problemas e dificuldades e só percebendo os problemas se podem construir soluções.

E os bons exemplos devem ser seguidos.