O Centro Interpretativo da Máscara Ibérica homenageia por estes dias o artesão Afonso Castro, um dos artesãos mais antigos na produção das tradicionais máscaras de Lazarim, com uma exposição de algumas das suas obras mais representativas.
No dia em que completou 92 anos, Afonso Castro ouviu os parabéns serem cantados por dezenas de pessoas entre familiares, amigos e muitos lazarinenses ligados à dinamização daquele Entrudo. Na mesma altura foi colocado em exposição o último trabalho do artesão, uma máscara produzida em madeira de amieiro que a partir de agora vai integrar o acervo do CIMI.
Presente na cerimónia, Ana Catarina Rocha, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lamego, garantiu que o projeto para a área da cultura do novo executivo autárquico quer reforçar a valorização deste importante património cultural e social, abrindo-o a novos públicos e dinâmicas educativas.
A abertura da exposição dedicada a Afonso Castro foi ainda aproveitada para fazer a apresentação pública do protótipo do certificado e da embalagem que deverão ser utilizados, em breve, pelos artesãos na comercialização das máscaras. Esta inovação, que terá de ser validada pela Associação Nacional de Artesanato, pretende ajudar a valorizar a imagem deste produto, cada vez mais procurado pelos turistas que visitam o Douro.
Inaugurado em janeiro de 2016, como o primeiro espaço ligado ao ritual da máscara a surgir na Península Ibérica, o CIMI ambiciona tornar a máscara de Lazarim um produto artesanal nacional e que todos os artesãos sejam certificados com o objetivo de garantir que o seu trabalho conquiste um selo de autenticidade e garantia.