No debate quinzenal que hoje teve lugar na Assembleia da República, o Primeiro-Ministro, António Costa, voltou a afirmar que o IRC para empresas do interior irá baixar.
A medida já tinha sido anunciada na passada sexta-feira, mas agora torna-se oficial. As empresas do interior do país vão beneficiar de uma redução que pode mesmo chegar à coleta zero, dependendo do número de postos de trabalho.
“Iremos rever o quadro fiscal aplicável, reforçando a discriminação positiva do interior”, disse o primeiro-ministro na sexta-feira, revelando que “entre outras medidas, tencionamos que as empresas dos territórios de mais baixa densidade populacional possam beneficiar de reduções substanciais do IRC, podendo chegar até a uma coleta zero, em função do número de postos de trabalho.”
Numa reação exclusiva ao jornal VivaDouro, o Presidente da CIM-Douro, Carlos Silva, mostrou-se satisfeito com o anúncio do Governo. “Fico muito satisfeito com essa notícia, é importante não só para as empresas que já existem mas também para aquelas que podemos atrair e que nos podem ajudar a fixar as populações no interior”.
Contudo, Carlos Silva afirma também que esta não é uma novidade, demonstrando mesmo alguma desconfiança quando à tua real aplicação. “O país está farto de ouvir falar de boas ideias para o interior, não há ninguém que discorde do Primeiro-Ministro. Não entendo é porque é que temos todos o interior tão perto da boca mas tão longe do coração”.
Para o presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro, a medida agora apresentada devia ser mais abrangente, “devia ser aplicada uma taxa 0 até se atingir à convergência de desenvolvimento socioeconómico entre interior e litoral, depois então avançar para um modelo justo para todos”.