

O município de Penedono realizou, entre os dias 11 e 13 de novembro, a 7.ª edição do Mercado do Magriço, um certame que valoriza as iniciativas locais, dando a conhecer o que de melhor se faz em Penedono.
“Promover o Empreendedorismo, Valorizando as iniciativas locais”, é esta a frase que define o Mercado do Magriço de Penedono, um evento que concede especial relevo ao desenvolvimento económico e social do concelho.
“Os objetivos que se pretendem alcançar com a realização do Mercado Magriço são os mesmos que estiveram na sua génese há sete anos atrás, dinamizar e promover o concelho de Penedono, apoiando os seus empreendedores e produtores na firme certeza de que são eles, através da sua ação, o garante da sustentabilidade económica deste concelho”, explicou Cristina Ferreira, vice-presidente da autarquia.
Com um aumento de participantes em relação ao ano passado, o Mercado do Magriço teve presentes 80 expositores que congregaram no mesmo espaço vários setores de atividade, como a agricultura, a área comercial e industrial.
Para além disso, o certame contou ainda com a presença de 70 expositores de pecuária, outro dos pontos altos da edição deste ano, com a dinamização do Concurso de Ovinos e Caprinos, realizado em parceria com a Direção Geral de Alimentação e Veterinária.
Na opinião de Carlos Esteves de Carvalho, presidente do município, estes três dias são um “momento de afirmação do território que traz verdadeiras mais-valias”, afirmou na abertura oficial da 7.ª edição.
“É um momento alto pela dinâmica que se consegue criar à volta deste certame e pela visibilidade que a iniciativa nos dá para o exterior e que queremos cada vez mais reforçar e dar mais dimensão”, acrescentou o presidente.
Desta forma, o Mercado do Magriço assume-se como uma “montra de negócios onde, os produtores e empresários rentabilizam os seus produtos dando-os a conhecer, negociando-os e conquistando muitas vezes novos mercados. Pois o mundo empresarial é dinâmico e movimenta-se numa atmosfera global”, afirmou ao VivaDouro Cristina Ferreira.
Sendo a divulgação e valorização das iniciativas locais o mote do certame, os produtores e empreendedores assumem um papel de destaque na iniciativa, ao mostrarem o que de melhor se faz em terras de Magriço.

Eugénia Marinho é um dos exemplos de empreendedorismo presentes no concelho. Foi em 2012 que criou a “Quinta do Monte”, um espaço de criação de porco bísaro, ao ar livre, seguindo as regras da agricultura biológica.
O sonho já era antigo e o gosto pela agricultura biológica também, assim surgiu a Quinta do Monte, um projeto que nasceu num monte abandonado que apesar de ter iniciado atividade em 2012 começou a exportar há dois anos.
Atualmente tem os produtos à venda em lojas de agricultura e restaurantes em Braga, Vila Nova de Famalicão, Porto, Vila Nova de Gaia, Lisboa e Ervedosa do Douro.
Para a engenheira agrícola o certame é importante para o negócio uma vez que “o consumidor do produto está nas grandes cidades, a expetativa é que o Mercado traga gente de fora que sejam potenciais clientes e que quando regressarem passem a mensagem a outras pessoas”, revelou ao VivaDouro.

Anabela Cachinho é outro dos exemplos de empreendedorismo. Apesar de participar em todas as edições no Mercado do Magriço, esta foi a segunda vez que levou até ao certame os Cogumelos Shiitak, uma espécie que nasce nos troncos dos Carvalhos e que é já o segundo cogumelo comestível mais consumido no mundo.
A empreendedora iniciou a exploração desta espécie de cogumelos em 2015 e afirma que em “alturas boas” consegue “produzir cerca de 200 quilos por dia”.
A prova de Cogumelos Shiitak voltou a fazer parte do programa do certame este ano, sendo que para Anabela Cachinho “é um momento importante porque ajuda as pessoas a conhecer o produto”.

A doçaria do concelho também marcou presença no evento, nomeadamente com os Ouriços de Castanha, um produto original da Padaria e Pastelaria Castelo, vencedor do “Prémio Inovação” do concurso “Penedoce”, dinamizado na edição de 2014 do Mercado do Magriço, cujo júri foi presidido pelo Chef Hernâni Ermida”.
Gina Andrade, proprietária do estabelecimento, afirma que “este doce é cada vez mais procurado por quem visita o concelho”, tendo já vários pontos de venda a nível nacional.

A castanha é um dos “elementos base” para vários tipos de doces e bolos “nesta altura do ano”, explica Gina Andrade, que levou como novidade este ano o “filó de castanha”, um doce folhado e recheado com creme de castanha que fez as delícias de quem visitou o Mercado.
Cristina Ferreira, vice-presidente da autarquia sublinha ainda que “para além da componente económica do evento pretendeu-se igualmente promover a vertente tradicional, cultural e turística, dando ajo à envolvência das diversas associações e coletividades que aqui fazem mostra do vastíssimo património cultural e edificado, enquanto potencialidades económicas passiveis de serem exploradas”, afirmou.