
Os municípios de Sernancelhe, Tabuaço e Moimenta da Beira assinalaram o 50.º aniversário da construção da Barragem do Vilar com a presença do Secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro.
Numa tarde chuvosa, mais de duas centenas de pessoas esperavam, junto ao Centro Interpretativo da Aldeia da Faia, em Sernancelhe, a chegada de António Leitão Amaro, que participou nas comemorações dos três concelhos.
Com inicio em Tabuaço, passando por Sernancelhe e tendo sido finalizadas em Moimenta da Beira, todas as comemorações passaram por um momento comum, o descerramento da placa comemorativa do 50.º aniversário da Barragem pelo membro do governo.
Em Sernancelhe, depois de ter sido assinalado este momento, o programa prosseguiu com uma visita ao Centro Interpretativo da Aldeia da Faia, local onde se assistiu ao filme da RTP que registou a cerimónia da inauguração da Barragem do Vilar, em 1965, pelo então Presidente da República Américo Tomás.
Realizou-se ainda uma visita à exposição fotográfica “Barragem do Vilar – A Obra”, patente no Centro Interpretativo, onde se faz uma retrospetiva de toda a obra e engenharia da barragem, desde os primeiros estudos realizados em 1950 até à data da inauguração, em 29 de abril de 1965.
José Eduardo Ferreira, presidente da Câmara de Moimenta da Beira, lembrou no seu discurso durante as comemorações, o facto de a barragem de Vilar não ter “um impacto económico direto significativo na região”, acrescentando ainda que “continuam a sair do território todos, ou praticamente todos, os proveitos aqui gerados”.
“Por isso, é de inteira justiça que as receitas permaneçam cá, pois só assim vamos conseguir os objetivos da coesão territorial”, argumentou o autarca, obtendo recetividade por parte de António Leitão Amaro, que garantiu o seu empenho para a resolução do problema.
“Pedra a pedra, os faienses deram um exemplo de determinação e luta”, lembrou Carlos Silva Santiago, Presidente da Câmara de Sernancelhe, ao mesmo tempo que recorda “o quanto terá sido difícil pela escassez de meios e porque ficaram sem casas, sem terrenos, sem bens e, na altura, sem esperança”.
No seu discurso em Sernancelhe, também António Leitão Amaro falou de esperança, ao mesmo tempo que fazia uma analogia entre os sentimentos que a população de Faia vivia naquela altura e o que se vive hoje em dia em Portugal devido à crise económica, “hoje ainda com alguns sinais de incertezas, os sinais que aparecem já justificam esperança”, declarou o membro do governo.