

O ciclo 2014-2020 vai dar a conhecer uma nova geração de parcerias locais que deverão aprofundar experiências anteriores e promover iniciativas inovadoras em territórios economicamente fragilizados. Trata-se de uma abordagem integrada, em que os diferentes projetos não concorrem entre si, mas contribuem para animar e trazer novas oportunidades a comunidades menos competitivas.
Na Região do Norte, estamos a falar de 21 Grupos de Ação Local (GAL) responsáveis pela execução de perto de 100 milhões de Euros de fundos da União Europeia. É um volume financeiro muito significativo, suportado em larga medida pelo NORTE 2020, e no qual também participam o Programa de Desenvolvimento Rural 2020 e o Programa Mar 2020. Estas verbas serão canalizadas para entidades gestoras dos GAL, responsáveis por implementar uma estratégia que favoreça a coesão do Norte de Portugal.
A estrutura está lançada e com o término da assinatura dos contratos com as entidades gestoras, podemos agora reclamar dinâmicas desta nova geração de parcerias locais, compostas por entidades dos setores público e privado. As atenções estão voltadas para quem tem os projetos mais audazes, que assegurem o maior retorno ou que reforcem a atratividade do nosso território.
Não nos interessa, de todo, ter uma porta de entrada na Região do Norte robusta e competitiva, quando há em seu redor comunidades fragilizadas e incapazes de acompanhar o crescimento das suas congéneres.
Das novas parcerias destacam-se quatro GAL com incidência no Douro. São grupos de ação iminentemente rurais, com projetos de investimentos em explorações agrícolas, incluindo a diversificação de atividades e a comercialização das suas produções, ou iniciativas de renovação de aldeias. Deverão, igualmente, avançar projetos de criação do próprio emprego ou de empresas por desempregados ou inativos, bem como de expansão ou criação de pequenas e microempresas, através da valorização de recursos locais, por exemplo com a aposta no artesanato.
Todos temos a ganhar com um investimento feito numa pequena exploração agrícola de Lamego, e acompanhada pela Associação Beira Douro, como numa unidade de agroturismo localizada em São João da Pesqueira e promovida pela Associação Douro Histórico. Interessa-nos tanto um novo fôlego para a comercialização de fumeiro transmontano, em projetos impulsionados pela DESTEQUE, como a aposta na promoção da amêndoa coberta de Torre de Moncorvo pela associação de desenvolvimento Douro Superior.
A todos os atores locais que se têm disponibilizado para connosco tirarem o melhor proveito dos fundos da União Europeia deixo uma mensagem de alento e perseverança. Juntos fazemos o desenvolvimento do Norte e do Douro.